Mangaholic #01 - Infestados por Mushi e Mushi Scan Hits Vol. 1
Olá galerinha do mal, eu decidi que devia fazer um post diferente então decidi cumprir a promessa que fiz em um post a muito tempo atras, eu fiz uma review do primeiro capítulo de Mushishi, com a ajuda do Lucas da Fuji Scan, ela ta mais aqui embaixo. Também decidi fazer uma coisa que eu queria fazer desdê que eu comecei a postar musicas aqui, um álbum com as dez primeira musicas postadas e ai esta o primeiro volume do Mushi Scan Hits, aqui embaixo esta o player com as musicas, se quiserem saber melhor quais são as musicas cliquem aqui.
Escutem essa musicas enquanto leem essa review, se acham que eu esqueci algo ou se quiserem deixar alguma critica é só deixar um comentário.
Escutem essa musicas enquanto leem essa review, se acham que eu esqueci algo ou se quiserem deixar alguma critica é só deixar um comentário.
Antes de começar só estou fazendo do primeiro capítulo pra
ver se ainda sei fazer uma review, se eu conseguir e se ela ficar legal e vou
fazer uma sobre o 3º volume.
Mushishi é um mangá onde cada capítulo tem uma historia
completamente isolado do capítulo anterior com algumas exceções, ou seja, uma
mangá de contos, onde as únicas coisas que cada capítulo tem em comum são os
Mushi e o Ginko, e na maioria dos capítulos o Ginko nem é o personagem
principal, ela só esta lá como um dos personagens primários, mas ele não é o
foco da historia, é claro que existem os capítulos onde ele é, mas isso eu vou
explorar melhor em outras reviews.
Toda vez que eu vou apresentar Mushishi a alguém eu conto
que não é uma historia continua e digo um pouco sobre o que são os Mushi e mais
algumas coisas da mitologia do mangá, mas sempre me perguntam “Já que a
historia não é continua se eu quiser ler ele começando a partir do capítulo 30,
por exemplo, eu não vou ficar perdido?” eu costumo responder “Sim, mas se você
realmente quer saber o que são os Mushi e o que realmente é Mushishi você deve
ler o primeiro capítulo”. Esse capítulo por ser o primeiro se aprofunda
bastante no que são os Mushi, no que é um Mushishi e no Ginko, mesmo o Ginko
desempenhando um papel “secundário” (esta entre aspas porque ele é muito
importante nesse capítulo). A autora consegue desenvolver esses três pontos de
maneira natural e fluída para não atrapalhar a historia principal do capítulo.
Ela permeia um pouco dessas três coisas por todo o capítulo para não parecer
forçado, e claro ela deixa um pouco sobre quem é o Ginko em aberto, tanto
porque não caberia nesse capítulo, quanto para criar hype para os próximos. O
Ginko por si só já é um grande atrativo do mangá.
(A partir daqui há SPOILERS) Nesse capítulo somos
inicialmente apresentados ao Shinra, um garota que tudo que desenha ou escreve
com a mão esquerda ganha vida, mas esse não é o problema principal desse
capítulo, o conflito desse capítulo é a avó do Shinra, Renzu, que após passar
por um ritual falho se torna meio Mushi, e ai vem minha primeira critica se os
Mushi fizeram o ritual para transformar a Renzu em um Mushi e assim então ela
poderia cuidar do neto dela, mas se ela torna-se um Mushi ela não poderia ter
filhos, creio eu, e por sequencia seus filhos que nunca viriam a existir não
poderiam a dar netos, só queria falar dessa pequena incoerência. Bem com esse
resumão que eu dei e com minha primeira e única reclamação (porque não vou
falar da arte, que apesar de ter momentos que é ótima e original também tem
momentos ruins).
Vamos a minha analise, esse capítulo tem diversos pontos
fortes a arte original, os personagens, o equilíbrio do drama e a comedia, as
explicações sobre os Mushi, vou desmembrar um pouco dessas qualidades exceto a
arte, porque vou falar dela numa review mais completa. Como disse os
personagens são um dos pontos fortes desse capítulo (e do mangá), começando com
o Shinra, ele transmite ser um garoto curioso que quer saber as razões porque
ele vê os Mushi e o porquê da Mão Esquerda de Deus, mas tem medo e receio de
buscar as repostas para essas questões por respeito ao desejo da sua avó, é
interessante ver ele se desenvolver a partir da sua interação com o Ginko. Mas
é um desenvolvimento inicialmente lento pôs ele ainda tem bastante receio, o
crescimento pessoal dele acontece com o aparecimento da Renzu, isso é por não
importa o quão maduro ele possa parecer ou tentar agir ele ainda é uma criança
que precisa do apoio de um adulto.
Renzu a avó do Shinra, ela tem um background incrível tanto
o lado Mushi quanto o lado Humano, os dois lados da Renzu tem um enorme amor
(fraternal) pelo Shinra fazendo da missão da sua vida proteger ele, como eu
disse na parte do Shinra depois que ela se torna um Mushi completo a metade
Mushi pode finalmente assumir seu posto como protetora e porto seguro do
Shinra, eu gostaria de falar mais sobre ela, mas ela é o tipo de personagem que
cada pessoa deve tirar suas conclusões sobre ela após ler o capítulo.
Se eu começar a falar muito poeticamente do Ginko não se
surpreendam ele é um dos personagens favoritos. Como eu disse o Ginko não
costuma atuar como personagem principal, ele esta mais para um vento que muda a
vida dos outros personagens e depois vai embora. Vou me conter e falar somente
sobre o Ginko desse capítulo. Nesse capítulo o Ginko serviu como um recurso de
conexão entre os outros personagens, conectando a Renzu que é invisível ao
Shinra por não ser um Mushi completo e ai entra o Ginko que ajuda a transmitir os
desejos da Renzu ao Shinra. Ele chega com o conflito já feito ele aparece para
resolver esse conflito, no caso desse capítulo ele não foi ao Shinra com essa
intenção mais acabou por fazer isso. É como se o Ginko fosse um Deus Ex
Machina, mas não completamente pôs os conflitos na maioria das vezes só podem
ser resolvidos com a vontade da pessoa que esta em conflito. Nesse capítulo se
o Shinra não tivesse a coragem de acreditar no Ginko e usados seus poderes para
desenhar a taça ele poderia nunca ter reencontrado a Renzu. Vou terminar a
parte do Ginko por aqui porque essa review já esta gigante e eu ainda tenho o
que falar e se eu for falar de tudo o que eu acho sobre o Ginko essa review vai
dobrar de tamanho.
Por esse ser um capítulo onde a historia se centra no
Shinra, que é uma criança, ele tende a ser mais descontraído. Os capítulos de
Mushishi não tendem a se focar num só gênero e sim ser uma mistura de vários.
Voltando ao assunto, as piadas desse capítulo são muito bem formuladas e
posicionadas no capítulo, as transições dos momentos mais descontraídos para os
mais dramáticos são feitas de uma maneira suave e progressiva (como as musicas
do Pink Floyd) para não ficar forçada ou ficar muito brusca.
Opinião Final: Esse capítulo é realmente interessante e
cativante ele te prende e você não consegue parar de ler e apesar de no fim
parecer estar tudo resolvido cria a vontade de você querer ler mais, que é algo
realmente importante para um mangá de contos, que não pode usar a continuação
da historia como hype. Como disse a historia é bem suave e fluída, tem
personagens bem criados e que se desenvolvem naturalmente, a arte é incrível a
sua maneira. A nota para esse capítulo é 10/10, já esta tudo explicado na
bíblia acima.
Quanto aos Mushi, a explicação de o que eles são é incrível
simples, fácil de compreender e mística e com a ajuda da arte ela se completa.
A autora quis passar uma impressão de pureza e fragilidade aos Mushi, por isso
ela mostra que um ritual importante dos Mushi pode ser interrompido por um
simples corvo. Também deve ser citado o Kouki, até o momento que ele aparece os
Mushi parecem serem algumas formas de vidas primarias, mas quando ele aparece e
é descrito como um rio de vida você tem noção de até onde um Mushi pode chegar,
não querendo tirar nenhuma conclusão precipitada, mas eu acho que autora quis
mostrar inicialmente o que os Mushi podem fazer para os leitores perceberem o
quão um Mushi pode mudar a vida de um personagem.
Essa review ficou bem longa, mas longa que eu imaginei que
ficaria, mas eu acho que eu pude abordar e analisar todos os pontos que eu queria
então adeus e até uma próxima review. Talvez.